Narcisistas, Macacos Voadores e a Armadilha do Falso Arrependimento

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Nos grupos de vítimas de narcisistas, é comum ver relatos de pessoas que decidiram se afastar do abusador, mas que continuam sendo assombradas pelas táticas manipulativas dele. Entre essas táticas, uma das mais comuns é o uso dos chamados macacos voadores. Os macacos voadores são pessoas que, consciente ou inconscientemente, servem de instrumentos para o narcisista continuar exercendo controle sobre a vítima. São parentes, amigos ou até conhecidos que aparecem do nada com mensagens carregadas de culpa: "Ela sente sua falta!", "Ela só quer conversar!", "Ela está doente, e você não vai nem ligar para saber como ela está?". Muitas vezes, os macacos voadores nem percebem que estão sendo usados; acreditam genuinamente na versão da história contada pelo narcisista e tentam convencer a vítima a reabrir a porta para o ciclo de abuso. Mas o que acontece quando a vítima se recusa a ceder? O narcisista, ao perceber que a manipulação direta não está funcionando, se la...

As Muralhas Da Vida Eterna

     "O homem moderno, esse indivíduo que, caminhando dia após dia até seu túmulo, vive como se a vida fosse eterna".
     
     Entre as muralhas que lhes aprisionam, três "forasteiros sem estrada" tornam-se habitantes de uma terra, onde o ciclo da vida, com seu alarde, e o tempo, com seu silêncio, protagonizam diversos contos e compõem um verdadeiro espetáculo.
     Vinculando uma linguagem poética e pueril a uma história ornamentada por profundos paradoxos e forte simbolismo, "As Muralhas da Vida Eterna" retrata, através da personificação de sentimentos e ideais humanos, os invisíveis limites que aprisionam a mente do homem moderno, esse indivíduo que, caminhando dia após dia até seu túmulo, vive como se a vida fosse eterna.


     “As Muralhas da Vida Eterna” tem por finalidade induzir o leitor, até a última palavra do livro, à reflexão sobre conceitos e paradigmas sociais, que nos mantêm aprisionados às ilusões da vida, e nos fazem, consequentemente, perder as experiências que são válidas e necessárias, durante nossa caminhada existencial.
     Na história, três forasteiros, em um final de tarde, encontram uma misteriosa aldeia cercada por altas e robustas muralhas. Aquela, por certo, seria uma terra enigmática, eis que, protegida por diversos guardiões, ostenta ainda o nome de sua excêntrica padroeira, Nossa Senhora da Vida Eterna, uma santa que acalenta nos braços um relógio que conta o tempo em retrocesso.
     Naquelas terras, os aventureiros, por causa de uma grave falha, acabam selando os seus destinos à sua mais dolorosa peripécia: o aprisionamento. E, ali, após conhecerem uma cigana prisioneira e uma velha aparentemente sem sanidade, tornam-se telespectadores de diversos contos.
     Nas terras da Vida Eterna, brota, portanto, a real essência da história. Através de uma metáfora sobre um estilo de vida que parece não ser afetado nem pela morte nem pelo tempo, a narrativa aponta os invisíveis limites que aprisionam a mente do homem moderno.


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